
O melanoma é um tipo específico de câncer de pele. Começa nas células da pele chamadas melanócitos. Os melanócitos produzem melanina, a substância que dá cor à pele.
Somente 1% dos cânceres de pele são melanomas. O melanoma também é chamado de melanoma maligno ou melanoma cutâneo.
Quando o melanoma é diagnosticado nos estágios iniciais, a maioria das pessoas responde bem ao tratamento. Mas quando não detectado precocemente, espalha-se facilmente para outras partes do corpo.
O melanoma pode começar em um sinal benigno na pele (nevo) que maligniza, ou pode começar na pele normal, quando surge um novo sinal já maligno.
Existem outras formas de câncer de pele, que tendem a ser menos graves do que o melanoma, e estão reunidos em um grupo denominado câncer de pele não-melanoma.
Fatores de risco
A pele é o maior órgão do corpo e, como um órgão exposto às agressões externas constantes, apresenta um grande risco de sofrer transformações malignas de suas células.
O melanoma é causado por uma série de fatores genéticos e ambientais.
- Radiação ultravioleta (UVA e UVB): a exposição ao sol e outras fontes de luz ultravioleta, como câmaras de bronzeamento, é um fator de risco muito importante. Pessoas que sofreram queimadura solar ou exposição solar intensa, intermitente quando criança ou adolescente, estão em grande risco.
- Ter nevos displásicos: as pessoas que apresentam um grande número de nevos, principalmente nevos displásicos, têm maior risco.
- Genética/história familiar: se um dos pais ou irmão já teve melanoma no passado, há uma chance maior de desenvolver melanoma.
- Tipo de pele – pele clara: pessoas com pele muito clara (que nunca bronzea), com sardas, cabelos ruivos ou loiros e olhos claros correm maior risco de desenvolver melanoma do que aqueles com cabelos e olhos mais escuros. Mas as pessoas afrodescendentes não têm risco zero!
- Baixa imunidade: os estados de imunidade baixa, como transplantados ou portadores de neoplasias malignas hematológicas, favorecem o desenvolvimento deste câncer.
Sinais e sintomas de melanoma
O primeiro sinal de melanoma é muitas vezes o surgimento de um novo sinal na pele ou uma mudança na forma, tamanho ou cor em sinal (nevo) já existente. às vezes um nevo existente pode passar a doer, coçar ou sangrar.
As pistas de que um sinal pode ser melanoma são:
- A – assimetria: ao passar uma linha imaginária pelo centro da lesão, uma metade parece diferente da outra.
- B – bordas irregulares: as bordas são recortadas, não lineares.
- C – cor não homogênea: há uma variação muito grande de cor, por exemplo, preto, cinza e azul, ou uma variação da tonalidade muito irregular.
- D – diâmetro: um sinal maior que 6mm de diâmetro deve ser melhor observado, porém não devem ser negligenciados os sinais menores que 6mm.
- E – evolução: quando um nevo benigno pré-existente muda características, como tamanho, forma ou cor, ou passar a coçar, doer ou sangrar.
O melanoma pode ocorrer em qualquer parte do corpo – não apenas áreas que são frequentemente expostas ao Sol. As áreas mais prováveis, porém, são:
- Peito e costas para homens
- Pernas para mulheres
- Pescoço
- Face
Isso pode ocorrer porque essas áreas estão mais expostas ao sol do que outras partes do corpo.
O melanoma pode se formar em áreas que não recebem muito sol, como solas dos pés, palmas das mãos e leitos das unhas.
Dicas de prevenção
Embora não seja possível eliminar completamente o risco, aqui estão algumas maneiras de ajudar a prevenir o desenvolvimento de melanoma e outros tipos de câncer de pele:
- Evite expor sua pele ao sol entre às 10h e às 16h sempre que possível. Lembre-se, o sol ainda afeta a sua pele em dias nublados e no inverno.
- Use protetor solar. Use um protetor solar de amplo espectro com FPS de pelo menos 30. Reaplique a cada 2 horas ou com mais frequência se você transpirar muito ou entrar na água. Faça isso independentemente da estação. Use nas áreas expostas (não somente no rosto).
- Proteja as áreas expostas ao sol. Ao passar algum tempo ao ar livre, mantenha os braços e as pernas cobertos. Use um chapéu de aba larga para proteger a cabeça, as orelhas e o rosto.
- Use óculos de sol que protejam dos raios UVA e UVB.
- Não use câmaras de bronzeamento ou lâmpadas de bronzeamento.
- Use roupas adequadas, incluindo chapéu de abas largas.
- Use roupas com proteção UV no tecido quando em exposição ao sol prolongada.
Importante saber que a radiação de lâmpadas fortes em ambientes fechados também pode ser fator de risco para o melanoma. Portanto, o protetor solar deve ser aplicado diariamente como um hábito e não somente quando em ambiente externo.
Como a radiação UVA também traz dano à pele e ela atravessa as nuvens, o protetor solar também deve ser usado em dias nublados.
Como fica a vitamina D?
O corpo precisa de vitamina D para ficar saudável.
Há 3 fontes de vitamina D atualmente: a produzida na pele mediada pela radiação solar, a alimentação e a vendida na farmácia.
A alimentação na dieta pode não ser suficiente, mas não procure o sol.
A farmácia leva seu dinheiro e o sol… …a sua pele. O que você prefere entregar?
Use protetor solar e faça reposição alimentar e por suplementos comprados na farmácia e resolva a equação vitamina D, SOL e câncer de pele.
Auto-exame da pele
Conheça seus “sinais pigmentados” e marcas de nascença, e observe qualquer crescimento anormal da pele e qualquer alteração na cor, forma, tamanho ou aparência de um sinal da pele.
Peça a alguém próximo para ajudá-lo a monitorar sua pele, especialmente em lugares que são difíceis de ver, como o couro cabeludo e as costas.
Verifique seu corpo regularmente em busca de novos crescimentos. Observe as alterações de tamanho, forma e cor nas manchas, sardas e marcas de nascença existentes.
Não se esqueça de verificar a planta dos pés, entre os dedos e o leito ungueal.
Use um espelho para verificar áreas difíceis de ver, como genitais e entre as nádegas.
Tire fotos para facilitar a detecção de alterações.